Faial Island

A

Farol da Ribeirinha

Icónico elemento da paisagem faialense, o Farol da Ribeirinha entrou em funcionamento em 1919, possuindo uma torre de secção quadrada, com 14 m de altura. Embora afetado por anteriores crises sísmicas, como a de 1973 (da ilha do Pico), seria, contudo, o sismo do dia 9 de julho de 1998 a danificar profundamente toda a estrutura do farol, tornando-o completamente inoperativo após esta data. Restam no local as ruínas do farol, testemunho eloquente das forças da Natureza e da dinâmica do Planeta Terra nesta zona do Oceano Atlântico, em plena junção tripla de placas tectónicas.

B

Monte Queimado

O Monte Queimado corresponde a um pequeno cone de escórias basálticas, com cerca de 80 m de altura e diâmetro da base de cerca de 300 m, implantado junto ao litoral e parcialmente desmantelado por ação da erosão marinha. Nas encostas deste vulcão monogenético é possível observar os materiais piroclásticos que o constituem: cinzas, lapilli e bombas vulcânicas. Originado por uma erupção terrestre do tipo estromboliano, o Monte Queimado contrasta com o vizinho Monte da Guia, formado por vulcanismo submarino basáltico e que corresponde a um cone de tufos surtseianos.

C

Ponta Furada

A zona litoral entre a Ponta Furada e a Lajinha é constituída por escoadas lávicas basálticas muito fluidas do tipo pahoehoe, sob a forma de arribas rochosas, mergulhantes e com diversos arcos lávicos e grutas litorais (incluindo submersas), formadas por erosão marinha. Estas escoadas lávicas, que foram emitidas da zona do cone de escórias do Lameiro Grande - Caminho das Terças e movimentaram-se para sul por cerca de 2 km, até ao litoral, evidenciam várias estruturas típicas de lavas pahoehoe (ou “lajidos”, no léxico popular açoriano) como é o caso de lavas encordoadas.

D

Arriba Fóssil

Na zona do Varadouro observa-se um importante contacto geológico entre as formações pomíticas do vulcão central da Caldeira do Faial, a leste, e as formações basálticas da Península do Capelo, a oeste. Este contacto materializa-se na paisagem pela arriba fóssil do Varadouro, segundo uma imponente e declivosa escarpa, a qual assinala, também, a antiga linha de costa nesta zona da ilha, e em cuja base se espraiaram as escoadas lávicas basálticas recentes da Península do Capelo, incluindo as da erupção histórica de 1672/73, com origem nos cones de escórias do Cabeço do Fogo e do Picarito.

E

Mistério do Capelo

A par do Mistério da Praia do Norte, o Mistério do Capelo corresponde aos derrames lávicos da erupção vulcânica de 1672/73, que teve como centros eruptivos os cones de escórias basálticas (”bagacina”) do Cabeço do Fogo e do Picarito. A erupção teve início em abril de 1672, após sete meses de abalos sísmicos e, a par da crise sísmica associada, provocou a destruição de igrejas, cerca de 300 casas e campos agrícolas, e a morte a pelo menos 3 pessoas. A Gruta do Parque do Capelo, com cerca de 55 m de comprimento, está implantada no Mistério.

F

Península do Capelo

Esta cordilheira vulcânica, com 8 km de extensão, é constituída por um alinhamento de cerca de 20 cones, na sua maioria cones de escórias, desde o Cabeço dos Trinta até ao Vulcão dos Capelinhos, na parte oeste da ilha do Faial. A atividade vulcânica estromboliana e havaiana associada ocorreu ao longo de fraturas de orientação geral NO-SE e foi responsável pela emissão de escoadas basálticas que fluíram para norte e/ou para sul deste alinhamento. Como “(geo)curiosidade”, refira-se a presença da Furna Ruim, um algar vulcânico com 55 m de profundidade, no Cabeço Verde.

G

Caldeira

O vulcão poligenético da Caldeira do Faial domina toda a parte central da ilha, cujo topo está truncado por uma depressão vulcânica de contorno quase circular, diâmetro médio de 2 km e profundidade de 470 m. O vulcão da Caldeira tem uma idade estimada da ordem de 400 mil anos e nos últimos 16 mil anos evidencia uma atividade vulcânica de natureza siliciosa e explosiva, responsável pela emissão de grandes quantidades de materiais pomíticos. O interior da caldeira exibe um cone piroclástico, um domo traquítico (a “Rocha do Altar”) e uma zona húmida de regime intermitente.

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